“O descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação”.
Oscar Wilde
Uma questão frequente e bastante pertinente no contato inicial com o terapeuta é sobre o funcionamento da primeira sessão de terapia.
A primeira sessão, ou sessão inicial, é um momento de trabalho como todas as outras, mas é onde se dá o acolhimento e a orientação de como se dará a dinâmica do tratamento.
Algumas pessoas, pelo ineditismo, relatam sentir-se nervosas, sem saber como começar a conversa, receosas de que seus assuntos sejam inapropriados ou mesmo do julgamento pelo terapeuta. Nada mais natural, afinal, consiste em falar das suas dores e problemas a alguém ainda desconhecido.
Mas dois princípios básicos no meu trabalho são justamente o sigilo e o não julgamento. Fale o que sentir vontade, da forma com que lhe ocorra em seus pensamentos, pois o objetivo será compreender você, sua história e qual a ligação com a sua queixa.
A empatia nem sempre é algo instantâneo. E a confiança idem. Elas surgem e aumentam conforme os assuntos se desenvolvem e identificações são criadas e descobertas. O importante nesse momento é abrir uma via de comunicação. Pode até ser que descubramos uma incompatibilidade e que tanto o paciente como o terapeuta decidam por encaminhar o caso a outro profissional. No entanto, este processo de abertura não é perdido, constituindo-se em importante exercício de fala e de escuta.
Em resumo, procure aproveitar o primeiro contato com seu terapeuta. Venha sem receio. Será bem-vindo e bem cuidado.
Boa sessão!