Com a proximidade da minha 47ª primavera, tenho pensado sobre aniversário.
O primeiro pensamento foi sobre a etimologia: vem do latim anni (ano) + vers (que retorna) + arius (data), ou seja: o que volta anualmente.
Depois me ocorreram as festas que estamos habituados desde crianças, um ato de celebração, originário dos gregos, que prestavam homenagem aos deuses.
Reunir-se com pessoas anualmente não é o único ato: na fase adulta (e a minha com bons anos de experimentação) parece que desperta também uma espécie de avaliação, do que foi vivido até ali e do que se espera viver adiante.
Entendo as pessoas que relatam que na proximidade do aniversário, se sentem mais sensíveis e introspectivas a respeito da própria vida. Sou uma dessas, que acessa lembranças e sentimentos da ocasião e revisita as expectativas do que gostaria de ter vivido e do que almeja viver.
Haja emoção! Tem ano que o saldo é positivo e finalizo o dia com esperança de que experiências bacanas virão. Em outros, choro de saudades de pessoas e situações que se foram, derramo lágrimas de alegria pelas pessoas que fazem parte da minha vida e enalteço as oportunidades de ter experiências interessantes.
A vida é finita e dinâmica, pelo menos essa que vivemos aqui. Na linha do tempo sou testemunha que o passado carrega boas e más experiências, que me proporcionaram ser a pessoa que sou. O meu aniversário é sempre um lembrete do desejo que minha existência seja autêntica! A todos os aniversariantes do mês: viva!